quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Memórias de Professoras

No meu primeiro dia na escola, ficou gravado em minha memória, o momento em que cheguei com meus pais e fui levada para a sala. Estava um alvoroço, tanta gente, adultos falando alto, crianças chorando. Eu entrei fui apresentada à professora. Era um colégio de freiras e a professora era Sra. Helena.

Meus pais foram embora, fiquei quieta, esquecida em um canto da sala, acho até que chorei, me senti perdida. Com o tempo não me lembro do processo, mas lembro que me adaptei e guardei algumas passagens que considero pertinentes para o momento. Minha professora dividia a turma em três colunas: duas filas no canto esquerdo da sala ficavam os alunos classe "C" (fracos), no meio os classe "A" (fortes) e no lado direito os alunos classe "B" (médios). Eu ficava mais na coluna da direita, isso ficou tão forte que só consegui me libertar na 8ª série.

Uma outra coisa que me ficou gravado, no final do dia nós fazíamos uma fila com a mão estendida para a professora e ela ia escrevendo um número na nossa mão, representando a nota do dia, para mostrar aos pais. Quando eu tirava nota baixa, fechava tanto as mãos, suava tanto que quando papai vinha me buscar o número estava quase apagado. Minha sorte era que meus pais não se ligavam nessa estratégia da irmã. Tinha um momento do dia em que a Sra. Helena; ia chamando aluno por aluno para ler a cartilha, até hoje me lembro perfeitamente como ela era.A professora pedia que disséssemos o alfabeto que estava impresso na contracapa da cartilha, para depois passar para as lições. Porém tem um fato que eu gostava muito, era na hora do recreio. A Irmã ia para o pátio, brincava de roda, de estátua, de bola, era uma farra, essa era a melhor hora do colégio, era tão boa que quando a gente passava para a 1ª série íamos brincar junto com a Irmã na turma da pré-escola.

Professora Séfora Maria Farias
Maceió-AL



Estava perto o Grande Dia.... meu irmão mais velho já estava na escola. Olhava para seus cadernos, seus livros, tinha só 6 anos e ainda não podia. Meu Deus, ainda não podia! Os 7 anos completei, mas sofri um bocado. A escola me aguardava, não andava, voava. 


Minha professora não era uma pessoa, era uma fada bem rígida que iria me ensinar a ver o mundo letrado.


Aprendi a ler com bastante rapidez. Gostava de tudo: Português, Matemática, Ciências e Estudos Sociais e a professora não precisava comigo usar de rigidez.


Tinha um problema: o Desenho não tinha jeito, não conseguia fazer e isso me fez fechar para esse mundo, mas, mesmo assim, não matou o meu sonho.


Sou professora, sei que é vocação, tenho algo de minha primeira mestra: o amor, a rigidez, o gosto pela leitura. Com isso, eu sei que vou vencer os desafios da Educação.


Professora Edilene M. Nascimento dos Anjos
Carnaíba-PE

Memórias


Foi aí que nasci: nasci na sala do terceiro ano, sendo professora Dona Emerenciana Barbosa, que Deus a tenha. Até então era analfabeto e despretensioso. Lembro-me: nesse dia de julho, o sol que descia da serra era bravo e parado. A aula era de geografia, e a professora traçava no quadro-negro nomes de países distantes. As cidades vinham surgindo na ponte dos nomes, e Paris era uma torre ao lado de uma ponte e de um rio, a Inglaterra não se enxergava bem no nevoeiro, um esquimó, um condor surgiam misteriosamente, trazendo países inteiros. Então, nasci. De repente nasci, isto é, senti necessidade de escrever…
Carlos Drummond de Andrade


E não me esquecer, ao começar o trabalho de me preparar para errar. Não esquecer que o erro muitas vezes se havia tornado o meu caminho. Todas as vezes em que não dava certo o que eu pensava ou sentia – é que se fazia enfim uma brecha, e, se antes eu tivesse tido coragem, já teria entrado por ela. Mas eu sempre tivera medo do delírio e erro. Meu erro, no entanto, devia ser o caminho de uma verdade, pois quando erro é que saio do que entendo. Se a "verdade" fosse aquilo que posso entender, terminaria sendo apenas uma verdade pequena, do meu caminho.
Clarice Lispector


[…] para cada pessoa há coisas que lhe despertam hábitos mais duradouros que todos os demais. Neles são formadas as aptidões que se tornam decisivas em sua existência. E, porque, no que me diz respeito, elas foram a leitura e a escrita, de todas as coisas com que me envolvi em meus primeiros anos de vida, nada desperta em mim mais saudades que o jogo das letras. Continha em pequenas plaquinhas as letras do alfabeto gótico, no qual pareciam mais joviais e femininas que os caracteres gráficos. Acomodavam-se elegantes no atril inclinado, cada qual perfeita, e ficavam ligadas umas às outras segundo a regra de sua ordem, que seja, a palavra da qual faziam parte como irmãs. […] A saudade que em mim desperta o jogo das letras prova como foi parte integrante de minha infância. O que busco nele na verdade, é ela mesma: a infância por inteiro, tal qual a sabia manipular a mão que empurrava as letras no filete, onde se ordenavam como uma palavra. A mão pode ainda sonhar com essa manipulação, mas nunca mais poderá despertar para realizá-la de fato. Assim, posso sonhar como no passado aprendi a nadar. Mas isso nada adianta. Hoje sei nadar; porém, nunca mais poderei tornar a aprendê-lo.
Walter Benjamin

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

"Fazer a ponte"

Este vídeo, apresentado pelo educador português José Pacheco, traz alguns depoimentos de alunos, de professores, de pais focalizando a experiência da Escola da Ponte, localizada em Vila das Aves, em Portugal. 


Esta escola apresenta uma configuração que rompe com o paradigma tradicional e constrói um novo paradigma de escola que focaliza o trabalho coletivo, a autonomia, a reconfiguração de tempos e espaços, dentre outras inovações. A experiência é conhecida mundialmente e apresenta características muito nítidas da organização em ciclos. Além disso, enfatiza o grande compromisso da escola: promover as aprendizagens e criar espaços e tempos de convivência democrática.


Após assisti-lo, deixe um breve comentário! Com certeza, ele nos ajudará a pensar nas discussões que estamos desenvolvendo em nossas aulas.



terça-feira, 3 de novembro de 2009

Ciclos de Formação e Desenvolvimento Humano


Neste semestre, estamos discutindo a organização escolar em ciclos, na disciplina Escola Espaço Político Pedagógico II, do curso de Pedagogia da FEBF/UERJ. Iniciamos o semestre fazendo algumas reflexões  sobre a organização do Ensino Fundamental em 9 anos, compreendendo os argumentos que a sustentam e as orientações apresentadas pelo MEC para os sistemas e escolas.

Em seguida, fizemos uma leitura do texto "Ciclos de Desenvolvimento Humano e Formação de Professores", de Miguel Arroyo. (Educação e Sociedade, ano XX, n. 68, Dezembro/99).

O texto faz uma análise do processo de expansão das escolas em ciclos e das controvérsias que envolvem sua implementação. As experiências seguem, de modo geral, a partir de determinações governamentais, sem uma discussão profunda com os principais sujeitos do processo educativo, o que gera uma certa resistência, uma sensação de não pertencimento. Este cenário indica a necessidade de pensar em formas mais participativas nos processos de decisão acerca da reorganização da escola e, consequentemente, de suas finalidades e de sua função social. A formação não pode estar desconectada dos processos de mudança, tampouco, devem ser tratadas como pré-requisito para que as transformações aconteçam. É preciso pensar em um processo conjunto, tomando como foco as realidades concretas, suas feições, suas características. A partir daí, é preciso potencializar o pensamento problematizador no sentido de refletir sobre os problemas que se colocam em relação ao desenvolvimento e a aprendizagem dos alunos, buscando compreender a problemática envolvida e construindo saídas para a sua superação.

Desde a publicação do artigo de Arroyo, muito se tem produzido sobre os ciclos de formação e desenvolvimento humano. A revista "Ciclos em Revista", com 4 volumes publicados, mantém o debate vivo e as possibilidades de avanço na compreensão da organização em ciclos. Além disso, nos brinda com textos consistentes para pensarmos/agirmos a implementação responsável dos ciclos e que esta organização esteja comprometida com o sucesso dos alunos, seu desenvolvimento e com as mudanças na perspectiva de superação da exclusão, principalmente, dos  alunos das escolas públicas e de classes populares.

                                                  







domingo, 1 de novembro de 2009

Quer aprender, crie um blog!

09/02/2007 - 20:47 - ATUALIZADO EM 15/06/2009 - 21:50
Como alunos e professores estão usando os diários na internet para partilhar dúvidas, estimular pesquisas e incentivar a troca de informações
PALOMA COTES
O OVO OU A GALINHA? Mayara criou um blog para descobrir quem veio primeiro

Quem nasceu primeiro: o ovo ou a galinha? O enigma levou Mayara Ferreira Ciriaco, de 14 anos, aluna de uma escola pública da periferia de Araxá, em Minas Gerais, a melhorar seu desempenho escolar. Como? Depois de pesquisar em sites, entrevistar especialistas por e-mail e participar de listas de discussão, ela montou um diário on-line - ou blog - sobre o assunto com a ajuda dos professores e do Instituto Ayrton Senna. Suas notas melhoraram e seu interesse pela escola aumentou. Mayara e outros milhares de alunos e professores descobriram que os blogs são um poderoso instrumento para o ensino.

Com os blogs, os alunos vêem que o resultado de seu trabalho não fica guardado em pastas. "Adorei o fato de outras pessoas terem visto o que fiz", diz Mayara. Segundo Marlene das Dores, que implementou o projeto de blogs quando era diretora da escola em Araxá, a freqüência dos alunos aumentou. Os que participaram, segundo avaliação feita pelo Instituto Ayrton Senna, melhoraram sua expressão escrita e verbal, venceram a timidez e hoje mostram mais vontade de pesquisar, têm mais interesse em estudar e apresentam uma visão crítica do mundo. "Alguns chegam a discordar do professor sobre assuntos expostos em aula", diz Marlene.

Com linguagem coloquial, os blogs viraram uma ferramenta pedagógica valiosa. "Eles são capazes de aproximar alunos e professores, ainda distantes na escola tradicional", afirma Betina von Staa, coordenadora de pesquisa da divisão de portais educacionais da Positivo Informática. Na escola tradicional, com lousa, giz, mesa e carteira, o professor costuma ser o único detentor do conhecimento. Com os blogs, esse modelo muda. "A sala de aula tradicional se consolidou num modelo em que um sabe mais e, por isso, ensina, fala, transmite a mensagem, e outro sabe menos. Ou não sabe nada. Por isso, copia, repete, decora", afirma Andrea Ramal, autora do livro Educação na Cibercultura. "Esse modelo não é condizente com a realidade, por isso, não se sustenta mais."

ESTÍMULO A professora Renata (à dir.) na sala de informática com seus alunos. Ela usa blogs para ensinar português

Plugados, crianças e adolescentes de hoje acabam se identificando com o professor blogueiro, pois o mestre que está ali para ensiná-los também está disposto a aprender no mesmo universo virtual em que eles adoram navegar. Nos 1.351 blogs de professores hospedados no Portal Educacional, os docentes colocam exercícios, gabaritos de provas, desafios, mapas e ilustrações. Com isso, não precisam mais perder horas corrigindo provas ou carregando pastas e mais pastas. O professor de Química Telson Melentino Júnior, do Colégio Max, em Cuiabá, Mato Grosso, aposentou o site que mantinha desde 2000 para aderir ao blog. "Eu pagava a um técnico para fazer as atualizações. Com o blog, não dependo de ninguém", diz.

Além da praticidade para os professores, os alunos acessam as páginas também para fazer comentários. "A aula não fica mais restrita aos 45 minutos. Ao acessar o blog, o professor aumenta o interesse dos alunos", afirma Betina. Conectados, os professores passam a colocar em seus blogs links para páginas interessantes. Isso aguça a curiosidade dos alunos e contribui para a constante reciclagem do educador.

Tal necessidade levou a professora de Português Gládis Leal dos Santos a montar mais de seis blogs na escola pública onde dá aulas, em Joinville, Santa Catarina. Além dos recursos de texto, ela costuma colocar nos blogs fotos de atividades e até vídeos. "Como o tema agora é o aquecimento global, vou buscar no YouTube vídeos sobre o assunto", diz ela.

Embora sejam uma ferramenta eficaz, os blogs ainda estão distantes da maioria dos alunos. Dados do Censo Escolar de 2005 mostram que apenas 30% dos alunos do ensino fundamental têm acesso a computadores. No ensino médio, é pouco mais da metade. O país está em penúltimo lugar em um ranking da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico em número de computadores por aluno. Aqui, a média é de uma máquina para cada 50 alunos. O recomendável é uma máquina para cada cinco estudantes. Exemplos como o de Araxá mostram que a curiosidade dos alunos e o empenho dos professores podem dar resultado. Depois da criação dos blogs, a repetência dos alunos da rede pública municipal praticamente zerou. Nas outras escolas da cidade, 20% dos alunos são reprovados ao fim de cada ano letivo. O Instituto Ayrton Senna atribui esse resultado à disseminação dos computadores e dos blogs.

AS VANTAGENS DOS BLOGS
Os principais benefícios para professores e alunos
Aproximar professores e alunos
Os estudantes tendem a se identificar com o professor blogueiro. Se o aluno cria um blog, os professores têm um espaço a mais para orientar o aluno
Permitir maior reflexão sobre o conteúdo
Quando o professor blogueiro expõe sua opinião, está sujeito a críticas e elogios. Com isso, reflete sobre seu trabalho e faz os alunos pensar mais sobre o tema proposto
Manter o professor atualizado
O professor blogueiro busca em outros sites e blogs informações para compartilhar com os alunos. Isso o coloca em permanente reciclagem
Criar uma atividade fora do horário de aula
O estudo não fica restrito aos 45 minutos de sala de aula. Com o blog, o professor instiga os alunos a estudar mais. Eles buscam no blog desafios, exercícios e gabaritos
Trazer experiências de fora da escola
O blog abre as atividades da escola para pessoas de outros colégios, cidades e até países colaborarem. Isso amplia a visão de mundo da turma
Divulgar o trabalho do aluno e do professor
As produções do aluno ou do professor podem ser vistas, comentadas e conhecidas por qualquer internauta do mundo. Isso é um incentivo para alunos e professores se dedicarem
Permitir o acompanhamento
Com os blogs, os pais podem monitorar as atividades escolares dos filhos. E também ter acesso ao que o professor está ensinando. Isso não é possível com as aulas
Ensinar linguagem digital
Ao montar blogs, alunos e professores passam por um processo de "alfabetização digital". Aprendem a fazer downloads e outros recursos para navegar com facilidade






Fotos: Roberto Chacur e Cláudio Rossi/ÉPOCA
Revista Época, n.456,12/02/2007

Professor educa, computador ajuda!

Fabiano Accorsi

|APRENDIZADO SEM FIO|
Conexão wireless permite que alunos da Fundação Bradesco, em Campinas, usem computadores no recreio. Até o fim do ano, eles vão levar os laptops para casa

(Revista Veja, 16/05/2007)

Ultimamente, tenho destinado bastante atenção para o uso das tecnologias da inovação (Como diz meu caro Henrique Sobreira, professor da FEBF) nos processos educativos.

No início deste ano, fiz alguns estudos e, a partir das vastas leituras que tinha sobre avaliação (VILLAS BOAS, PERRENOUD, FREITAS, HADJI, etc), resolvi implementar uma proposta de avaliação formativa no curso de Pedagogia da FEBF/UERJ, utilizando o portfólio como sustentação e ampliando seus sentidos a partir do uso do blog como ferramenta eletrônica nesta construção. Trabalho que permanece, agora, no 2o. semestre.



O objetivo se inscreve na perspectiva de levar o manuseio dessas tecnologias aos professores em formação para que, ao vivenciar práticas de avaliação formativa, possam, no exercício da profissão docente, desenvolver propostas avaliativas que superem a avaliação classificatória. Além disso, pretende-se que desenvolvam algumas capacidades para utilização do computador e das tecnologias digitais no processo de construção de aprendizagem de seus futuros alunos.

Fotos Fabiano Accorsi
|DA GEOGRAFIA À MEDICINA|
Aluno do Objetivo usa realidade virtual para surfar sobre relevo do litoral paulista. O Centro de Telemedicina da USP transmite cirurgias e treinamento para sessenta instituições brasileiras
(Revista Veja, 16/05/2007)

A Revista Veja, em sua edição de 16/05/2007, traz uma reportagem que ajuda nesta reflexão. É preciso compreender que a tecnofobia em nada contribui para fazermos avançar as aprendizagens de nossos alunos. Não quero com isso, posicionar-me como um tecnodeslumbrado. Pelo contrário, é preciso perceber que o computador, bem como as diversas tecnologias existentes, é um produto de ação e do pensamento humanos. Assim, o ser humano está no controle e não o computador!

É preciso compreender que estas ferramentas estão aí e, ao que parece, são uma grande realidade e permanecerão por muito tempo, conotando, assim, uma nova forma de pensar e fazer educação.

Mirian Fichtner

|PASSEIO PELOS ALPES|
Numa das primeiras atividades escolares com o laptop, a gaúcha Emeline, de 12 anos, empreendeu uma viagem virtual pelos cinco continentes: "Não tenho computador em casa e jamais imaginei que poderia usar uma máquina como esta. É muito legal", diz Emeline

(Revista Veja, 16/05/2007)

Fábrica de Resenha

OS SIMPSONS - O FILME (2007)
Quarta-feira, retorno de mais um dia de trabalho!
"O que fazer?" Diria a minha mais nova antiga amiga Cida.
"Ah, já sei... Vamos assistir ao filme dos Simpsons?"
Fiquei um tanto quanto em choque, mas mantive a classe... É que não tinha a mínima noção de que ela tivesse uma atração pela família Simpsons. Nunca tinha ouvido ela comentar a respeito.

"Eh, eh...vamos, sim" - respondi, sem conotar nenhum tipo de ironia ou desconforto. Ela não percebeu.
A sala de cinema quase toda a nossa disposição...
Inicia-se, então, um dos representantes mais críticos do "modus operandi" do "american way life"...

Claro que é uma crítica muito lúcida e, talvez, muito atormentada do modo de viver e pensar americano.

"Os Simpsons - o filme" não diferem quase nada do que já estamos acostumados a acompanhar pela televisão: crítica cáustica ao próprio modo de vida americano, posturas mais do politicamente incorretas, exacerbação nada ufanista e escrachada, enfim, o verdadeiro rosto de muitos americanos que se sentem os donos do mundo, os donos do poder...

O humor atroz, vivaz, inteligente leva-nos a um misto de pensamento filosófico, psicológico, sociológico, antropológico... Principalmente, para nós, educadores que adoramos "teorizar" sobre o mundo!! As situações "cômicas" assumem vieses, muitas vezes, de profunda reflexão sobre o mundo, sobre as pessoas, sobre costumes, hábitos e culturas.

No início, em plena igreja, o vovô Simpson é possuído por um espírito e faz premonições catastróficas. A cena do espírito incorporado é, no mínimo, intrigante, pois era quase visível a sobreposição de outras imagens que nos lembram grandes ritos de determinadas igrejas em nosso país. A alienação se coloca como eixo.

A catástrofe anunciada envolve o ataque cruel da humanidade sobre a natureza e, conseqüentemente, a sua vingança. Lisa Simpson, com seu tom politicamente correto, assume a defesa do meio-ambiente. As reações da população de Springfield ao trabalho de conscientização de Lisa em muito se assemelham a posição tomada pelo EUA, no protocolo de Kyoto: "tô nem aí, não tenho nada com isso".

E quem é que provoca o maior "desastre ambiental", em Springfield. Não poderia ser ninguém menos do que Homer!! Obviedade característica!

Não poderia faltar, óbvio, a figura do presidente americano. Mas, não pensem que é o Bush quem aparece. O "Presidente dos EUA" é retratado pelo "rascunho" de ator e "dublê" de governador, o Sr. A. Schwarnegger.

Assim, a cidade é isolada por uma redoma devido ao caos ambiental causado por Homer. A partir daí, o conflito se instaura. A família simpson se vê pressionada a fugir da cidade para o Alaska. E os fatos finais reservam doses certas de gargalhadas e alguma reflexão, se é que ainda é possível refletir sobre alguma coisa mais a esta altura da narrativa.

O que fica como resultado é que o filme convence, diverte e leva-nos a pensar...e muito! Bom filme! Vale a pena!

Ivan Amaro, em 05/09/2007







Portfólios Eletrônicos EEPP III 2011

Propósitos Gerais - EEPP 2

1- Utilizar diversas ferramentas tecnológicas disponíveis na internet, proporcionando a expressão de ideias, pensamentos, reflexões e práticas por meio de linguagens diferenciadas, com a intenção de evidenciar as suas aprendizagens diversas, múltiplas;

2. Evidenciar a integração entre teoria e prática no âmbito dos aspectos de organização da escola em ciclos, no ensino fundamental (princípios, práticas, projeto político pedagógico, planejamento escolar, avaliação,organização curricular, organização do trabalho pedagógico);

3. Evidenciar os processos de aprendizagem relativos aos conhecimentos específicos apresentados na ementa da disciplina Escola Espaço Político Pedagógico 2;

4. Vivenciar a avaliação formativa como princípio teórico/prático para o trabalho pedagógico do professor e dos graduandos de modo a propiciar uma atuação conjunta para promover as aprendizagens, além de servir como prática para pensar e praticar formas alternativas de avaliação na escola básica;

5. Sistematizar as produções para evidenciar os progressos de suas aprendizagens; por meio de reflexões consistentes, fundamentadas, ilustradas com situações do cotidiano escolar;

6. Utilizar linguagens diversas como forma de expressão das reflexões, das aprendizagens.

Propósitos Gerais - EEPP 4

1. 1- Utilizar diversas ferramentas tecnológicas disponíveis na internet,
proporcionando a expressão de ideias, pensamentos, reflexões e
práticas por meio de linguagens diferenciadas, com a intenção de
evidenciar aprendizagens múltiplas;

2. 2- Proporcionar a integração entre teoria e prática no âmbito dos
aspectos de organização da escola do ensino fundamental (projeto político pedagógico, planejamento escolar, avaliação, organização curricular);

3. 3- Evidenciar os processos de aprendizagem relativos aos conhecimentos específicos apresentados na ementa da disciplina Escola Espaço Político Pedagógico 4;

4. 4- Vivenciar a avaliação formativa como princípio teórico/prático para o trabalho pedagógico do professor e dos graduandos de modo a propiciar uma atuação conjunta para promover as aprendizagens, além de servir como prática para pensar e praticar formas alternativas de avaliação na escola básica;

5. 5- Sistematizar as produções para evidenciar os progressos nas aprendizagens; por meio de reflexões consistentes, fundamentadas;

6. 6- Utilizar linguagens diversas como forma de expressão das reflexões, das aprendizagens.