quinta-feira, 27 de setembro de 2007

Educação Matemática

Adição
Quando usar?

Roberto Perides Moisés e Luciano Castro Lima*
Especial para a Página 3 Pedagogia & Comunicação

Para expressar um aumento da quantidade por meio de uma sentença matemática de adição é preciso, antes de tudo, saber identificar as situações em que se usa a soma.

Elas podem ser:

  • De juntar, reunir quantidades. Exemplos:

    a) O vaqueiro juntou os quinze bois deste curral com os vinte e um do outro curral.
    b) Seis laranjas mais nove.
    c) Quatro reais adicionados aos seis que trazia na carteira.

  • De acréscimos. Exemplos:

    a) Acrescentei dezoito selos aos quinhentos de minha coleção.
    sete garrafas acrescidas de nove.
    b) Em 1990, a população economicamente ativa era de 64.467.981 trabalhadores. De 1990 para 1996 aumentou de 9.670.460.

  • De sucessão, passagem de tempo; deslocamento em distâncias, etc. Exemplos:

    a) A minha idade daqui a quatro anos.
    b) O carro estava no quilometro 42 e percorreu ainda nove quilômetros.
    c) O sucessor de um número.
    d) O sucessor par de um número.

    Soma passo-a-passo

    Como resolver 324 + 452?

    a) Representamos 324 no ábaco:


    reprodução


    b) Ao somar 452, começamos com as unidades:


    reprodução


    c) Depois somamos as dezenas:


    reprodução


    d) Então somamos as centenas:


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  • *Roberto P. Moisés é mestre em educação matemática (USP) e prof. do Col. Santa Cruz e das Universidades Sumaré e São Judas.Luciano Castro Lima é coordenador de matemática do Ceteac - Centro de estudos e trabalho em educação e cultura.

    Arte contemporânea. Como entender o seu sentido?

    Valéria Peixoto de Alencar*
    Especial para a Página 3 Pedagogia & Comunicação

    Se levarmos em conta a origem da palavra arte ("ars" significa técnica ou habilidade), é curioso notar que há uma contradição: muitos artistas não expressam suas idéias através de uma habilidade técnica. Apesar de, muitas vezes, possuírem tais habilidades, estão preocupados em discutir outras questões, provocar outras reflexões.


    Folha Imagem
    "Roda de bicicleta", Marcel Duchamp (1913): não é possível usar o banco ou a roda que compõem essa obra de ate.

    Em 1913, momento das vanguardas européias, Marcel Duchamp propôs obras chamadas "ready-made", feitas a partir de objetos do dia-a-dia. O que ele fazia era apresentar esses objetos de forma descontextualizada e sem a possibilidade de serem utilizados. Por exemplo: um mictório no meio de uma sala, sem encanamento.

    Com essa "provocação", Duchamp chamou a atenção para a arte produzida naquele momento. Ela não seria mais uma representação do real, como um retrato. Ela seria a própria realidade.

    Quem decide o que é obre de arte
    O objeto de arte não representa algo, mas ele é algo. Mesmo se o artista não tiver fabricado os elementos que compõem sua obra. Duchamp também questionava o conceito de arte como associado a um ideal de belo e à crítica de arte.

    O objetivo da obra de arte, assim, era também promover o debate sobre a definição e a finalidade da arte.

    Se não existe uma definição do conceito arte, quem afinal decide o que é obra de arte ou não?

    Muitos são os fatores para classificar uma produção como obra de arte: o contexto histórico, o mercado de arte, a aceitação entre os artistas e, principalmente, a crítica.

    Crítica de arte
    A arte, como resultado de análise e avaliação, pode adquirir novas dimensões e formas de expressão por meio da crítica. Ela colabora para que a sociedade se mantenha atenta aos valores da arte no passado e no presente.

    A crítica leva em conta o fato de que a arte é um produto da humanidade que expressa suas experiências e emoções através da linguagem.

    A evolução dos conceitos artísticos, a transformação dos valores, são aplicáveis às diferentes formas: a literatura, o teatro, a dança, o cinema, a fotografia, a música e tantas outras que surgem, como a web arte.

    http://noticias.uol.com.br/educacao/

    quarta-feira, 12 de setembro de 2007

    Os sentidos da coordenação pedagógica nas escolas públicas do Distrito Federal


    A coordenação pedagógica[1]na escola da rede pública do Distrito Federal é um espaço/tempo conquistado por meio de lutas históricas dos educadores comprometidos com uma educação pública inclusiva, de qualidade e democrática.

    É notório que os processos de atomização, desqualificação e compartimentalização do trabalho docente denotam-se como reflexos das lógicas neoliberais de ajustes econômicos. A divisão do trabalho dentro dos modelos econômicos capitalistas facilita o controle e a dominação do trabalho do professor. A coordenação pedagógica nas escolas veio, no decorrer do tempo, se constituindo em atividade esvaziada de significado pedagógico para o trabalho do professor: trabalho parcelar, individualizado, ausência de discussões político-pedagógicas, ausência de momentos de formação, falta de sistematização da coordenação pedagógica inexistência de projetos, etc. O quadro que vinha se configurando era a representação, em menor escala, da crise do trabalho em seu aspecto social mais abrangente.

    A temporalidade é um aspecto fundamental para a construção de propostas que visem à constituição de um trabalho docente que tenha em vista o sucesso do aluno em seu processo de aprendizagem. Por isso, a temporalidade pedagógica, como bem define Assmann (1998), quando se coloca à disposição da produção de experiências prazerosas nas relações do aprender, cria todo um clima de organização propício às experiências de aprendizagem e fornece-nos a possibilidade de troca de experiências e a construção coletiva do trabalho pedagógico. Assmann acrescenta, ainda, que a temporalidade pedagógica não se reduz ao tempo cronológico, mas a uma infinidade de tempos que se constituem na escola.

    A coordenação pedagógica é mais um dos componentes dessa temporalidade pedagógica e constitui-se como um relevante contributo para a organização do trabalho pedagógico, do planejamento escolar, das decisõeses pedagógicas, a discussão dos tempos do aprender, dos espaços, da educação continuada do professor quando pensado numa lógica de integração, não compartimentalização, coletivo. É, enfim, um espaço valioso que proporciona o debate, a discussão, a troca, o diálogo, o encontro, a reflexão sobre a ação, a reflexão-na-ação.

    Tecendo a teia de interações

    A coordenação pedagógica no âmbito da escola, lugar de conflitos, embates, trocas, discussões, debates, realidades vivas e lugar privilegiado de educação continuada do professor reflexivo deve, também, apresentar um projeto que direcione claramente suas ações ao longo do ano. Assim, o projeto, que faz parte do projeto maior da escola, o Projeto Político-Pedagógico, contribui para tornar explícitas as intenções do trabalho docente.

    A coordenação pedagógica na escola deve se sustentar em alguns pressupostos fundamentais :

    - A educação deve ser compreendida como prática social, assim, a escola é locus a privilegiado para a construção de relações e práticas coletivas;

    - A ação pedagógica, entendida como prática social, deve-se fundamentar em objetivos, finalidades. A finalidade da coordenação pedagógica sustenta-se na perspectiva de que as práticas pedagógicas são práticas sociais transformadoras;

    - A constituição do Projeto Político-Pedagógico da escola requer uma relação democrática comprometida com a construção da cidadania e com a função social de provocar mudanças qualitativas na vida de seus alunos e da comunidade em geral;

    - O processo participativo é fundamental para que se garanta mudanças conscientes.

    A coordenação pedagógica, baseada nesses pressupostos, é compreendida como espaço/tempo primordial da construção de planejamento e realização de ações coletivas, de reflexão, de troca de experiências, de elaboração, de organização coletiva do trabalho pedagógico como vistas à alteração das estruturas de trabalho docente individualizadas, fragmentadas, isoladas, descontextualizadas e, conseqüentemente, dos contextos de fracasso que fazem parte das maioria de nossas escolas.

    É, também, espaço/tempo de construção da autonomia do trabalho docente, bem como de construção do projeto político-pedagógico que busque a autonomia da escola. Constituir esse espaço/tempo torna-se fundamental para solidificar as bases da transformação que se pretende operar no âmbito da escola, considerando os aspectos organizativos do processo de trabalho pedagógico e os aspectos inerentes à gestão que é exercida no interior escolar (Veiga, 2000).

    A autonomia deve ser entendida em várias vertentes. Ela é, antes de tudo, um aspecto preponderante para a constituição da identidade da escola. Ela é a possibilidade de a escola pensar a sua própria essência, a sua própria organização, os seus próprios fundamentos do ensinar e do aprender, as suas relações com a comunidade.

    A autonomia não é um valor absoluto, fechado em si mesmo, mas um valor que se determina numa relação de interação social. Nesse sentido, a escola deve alicerçar o conceito de autonomia, enfatizando a responsabilidade de todos, sem deixar de lado os outros níveis da esfera administrativa educacional. A autonomia é importante para a criação da identidade da escola. A autonomia não é, afinal, uma política, mas a substância de uma nova organização do trabalho pedagógico na escola. Essa supõe a possibilidade de singularidade e variação entre as instituições escolares. (Veiga, 2000, p. 15)

    Dessa forma, a coordenação pedagógica constitui-se como espaço/tempo de oportunização das interações coletivas, individuais. A participação ativa de sujeitos contribui para o fortalecimento de ações que percorrem um trajeto, ora do social ou interpessoal para o individual ou intrapessoal, ora do intrapessoal para o interpessoal.

    Neste movimento, a coordenação pedagógica reveste-se dos seguintes sentidos

    * espaço/tempo do professor formar-se, educar-se
    * espaço/tempo para a troca de experiências pedagógicas que tenha alcançado resultados expressivos;

    * espaço/tempo de aprendizagem coletiva;

    * espaço/tempo
    de planejamento individual e coletivo das ações pedagógicas;
    * espaço/tempo
    para a organização coletiva do trabalho pedagógico;
    * espaço/tempo
    para pensar, refletir, analisar e repensar as práticas pedagógicas.

    Com objetivos claros, comuns e factíveis, a rede de interações vai se constituindo à medida que o professor tem um tempo demarcado para perceber-se parte de uma totalidade. E este tempo é o tempo da coordenação pedagógica. O professor, sentindo-se parte do todo, logo sentir-se-á o todo nas partes. Cada um, com suas experiências deixa um pouco de si no outro e vice-versa. Assim, os nós se fortalecem, a rede consolida-se e o trabalho na escola pode representar um faceta mais integrada, coletiva, intencional.

    (texto adaptado da minha dissertação de mestrado)


    [1] A coordenação pedagógica é um espaço/tempo dentro da escola, oficialmente definida. Representa o resultado de lutas reivindicatórias da categoria de professores. Até o ano de 1994, professores que trabalhavam de 1ª a 4ª série, 40 horas/sem., tinham essas horas divididas assim: 32 horas/sem destinadas à regência de classe (2 turmas) e 08 horas/sem. destinadas à coordenação. Com a implantação da Escola Candanga, o número de horas destinadas à coordenação foi alterado. A carga horária semanal era distribuída da seguinte forma: 25 h/sem destinadas à regência de classe e 15 h/sem. destinadas à coordenação pedagógica, nas escolas que atendem às séries iniciais do ensino fundamental. Para as escolas que atendem as séries finais do Ensino Fundamental e o Ensino Médio, a correlação é de 30 h/sem de regência para 10 h/sem de coordenação. Este tempo destina-se à organização do trabalho do professor para: o planejamento coletivo, a formação, a auto-formação, a organização do trabalho pedagógico, etc.

    quarta-feira, 5 de setembro de 2007

    O que é o pensar?

    Clique no título acima e assista ao vídeo. Deixe suas impressões, suas críticas, seus comentários...
    Bom "pensar"!!

    Educação em Cena - Em cartaz: "Aulas de Filosofia"


    Amigos e amigas!

    O
    Educação em Cena desta semana traz vídeos sobre o tema "Aulas de Filosofia".

    O Educação em Cena está logo abaixo!

    Deliciem-se!

    O Devir-Criança de Deleuze

    O texto do Walter kohan sobre o conceito de Devir-criança de Deleuze você encontra o texto na íntegra no site abaixo,mas não se esqueça que o restante do texto está nos tópicos do rodapé.

    http://www.educacaopublica.rj.gov.br/biblioteca/educacao/educi10a.htm

    Colaboradora: Rita Sousa

    Fábrica de Resenha

    OS SIMPSONS - O FILME (2007)
    Quarta-feira, retorno de mais um dia de trabalho!
    "O que fazer?" Diria a minha mais nova antiga amiga Cida.
    "Ah, já sei... Vamos assistir ao filme dos Simpsons?"
    Fiquei um tanto quanto em choque, mas mantive a classe... É que não tinha a mínima noção de que ela tivesse uma atração pela família Simpsons. Nunca tinha ouvido ela comentar a respeito.

    "Eh, eh...vamos, sim" - respondi, sem conotar nenhum tipo de ironia ou desconforto. Ela não percebeu.
    A sala de cinema quase toda a nossa disposição...
    Inicia-se, então, um dos representantes mais críticos do "modus operandi" do "american way life"...

    Claro que é uma crítica muito lúcida e, talvez, muito atormentada do modo de viver e pensar americano.

    "Os Simpsons - o filme" não diferem quase nada do que já estamos acostumados a acompanhar pela televisão: crítica cáustica ao próprio modo de vida americano, posturas mais do politicamente incorretas, exacerbação nada ufanista e escrachada, enfim, o verdadeiro rosto de muitos americanos que se sentem os donos do mundo, os donos do poder...

    O humor atroz, vivaz, inteligente leva-nos a um misto de pensamento filosófico, psicológico, sociológico, antropológico... Principalmente, para nós, educadores que adoramos "teorizar" sobre o mundo!! As situações "cômicas" assumem vieses, muitas vezes, de profunda reflexão sobre o mundo, sobre as pessoas, sobre costumes, hábitos e culturas.

    No início, em plena igreja, o vovô Simpson é possuído por um espírito e faz premonições catastróficas. A cena do espírito incorporado é, no mínimo, intrigante, pois era quase visível a sobreposição de outras imagens que nos lembram grandes ritos de determinadas igrejas em nosso país. A alienação se coloca como eixo.

    A catástrofe anunciada envolve o ataque cruel da humanidade sobre a natureza e, conseqüentemente, a sua vingança. Lisa Simpson, com seu tom politicamente correto, assume a defesa do meio-ambiente. As reações da população de Springfield ao trabalho de conscientização de Lisa em muito se assemelham a posição tomada pelo EUA, no protocolo de Kyoto: "tô nem aí, não tenho nada com isso".

    E quem é que provoca o maior "desastre ambiental", em Springfield. Não poderia ser ninguém menos do que Homer!! Obviedade característica!

    Não poderia faltar, óbvio, a figura do presidente americano. Mas, não pensem que é o Bush quem aparece. O "Presidente dos EUA" é retratado pelo "rascunho" de ator e "dublê" de governador, o Sr. A. Schwarnegger.

    Assim, a cidade é isolada por uma redoma devido ao caos ambiental causado por Homer. A partir daí, o conflito se instaura. A família simpson se vê pressionada a fugir da cidade para o Alaska. E os fatos finais reservam doses certas de gargalhadas e alguma reflexão, se é que ainda é possível refletir sobre alguma coisa mais a esta altura da narrativa.

    O que fica como resultado é que o filme convence, diverte e leva-nos a pensar...e muito! Bom filme! Vale a pena!

    Ivan Amaro, em 05/09/2007







    Portfólios Eletrônicos EEPP III 2011

    Propósitos Gerais - EEPP 2

    1- Utilizar diversas ferramentas tecnológicas disponíveis na internet, proporcionando a expressão de ideias, pensamentos, reflexões e práticas por meio de linguagens diferenciadas, com a intenção de evidenciar as suas aprendizagens diversas, múltiplas;

    2. Evidenciar a integração entre teoria e prática no âmbito dos aspectos de organização da escola em ciclos, no ensino fundamental (princípios, práticas, projeto político pedagógico, planejamento escolar, avaliação,organização curricular, organização do trabalho pedagógico);

    3. Evidenciar os processos de aprendizagem relativos aos conhecimentos específicos apresentados na ementa da disciplina Escola Espaço Político Pedagógico 2;

    4. Vivenciar a avaliação formativa como princípio teórico/prático para o trabalho pedagógico do professor e dos graduandos de modo a propiciar uma atuação conjunta para promover as aprendizagens, além de servir como prática para pensar e praticar formas alternativas de avaliação na escola básica;

    5. Sistematizar as produções para evidenciar os progressos de suas aprendizagens; por meio de reflexões consistentes, fundamentadas, ilustradas com situações do cotidiano escolar;

    6. Utilizar linguagens diversas como forma de expressão das reflexões, das aprendizagens.

    Propósitos Gerais - EEPP 4

    1. 1- Utilizar diversas ferramentas tecnológicas disponíveis na internet,
    proporcionando a expressão de ideias, pensamentos, reflexões e
    práticas por meio de linguagens diferenciadas, com a intenção de
    evidenciar aprendizagens múltiplas;

    2. 2- Proporcionar a integração entre teoria e prática no âmbito dos
    aspectos de organização da escola do ensino fundamental (projeto político pedagógico, planejamento escolar, avaliação, organização curricular);

    3. 3- Evidenciar os processos de aprendizagem relativos aos conhecimentos específicos apresentados na ementa da disciplina Escola Espaço Político Pedagógico 4;

    4. 4- Vivenciar a avaliação formativa como princípio teórico/prático para o trabalho pedagógico do professor e dos graduandos de modo a propiciar uma atuação conjunta para promover as aprendizagens, além de servir como prática para pensar e praticar formas alternativas de avaliação na escola básica;

    5. 5- Sistematizar as produções para evidenciar os progressos nas aprendizagens; por meio de reflexões consistentes, fundamentadas;

    6. 6- Utilizar linguagens diversas como forma de expressão das reflexões, das aprendizagens.